segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Educar para vida?" Piada!


Muitas escolas tem usado em seu discurso enunciados do tipo "Educando para vida" ou algo parecido. Pergunto: será?

Acredito que o Ensino Fundamental até sim, mas pare pra pensar no que se transformou o Ensino Médio em muitas escolas. Mas claro, uma coisa é decorrente da outra. Cursinhos! Sim, cursinhos pré-vestibulares. O primeiro contato com uma aula "envolvente", "teatral", "dinâmica", e por aí vai, encanta os jovens e até os não tão jovens achando que assim que se deve trabalhar na escola. Ilusão. Ou nos termos que eu gosto: gente sem noção. Primeiro não sabem diferenciar metodologias escolares das "magníficas aulas" dos cursinhos. Segundo, querem colocar todo mundo no mesmo barco (barco mal feito, por sinal) chamado VESTIBULAR. Ok, são questões elaboradíssimas, bem pensadas por especialistas e que realmente te fazem pensar! Outra falha.

Lembro das primeiras aulas do meu curso de graduação quando um dos professores nos perguntou (ele pediu que escrevêssemos) que livros, que leituras já tínhamos feito até aquela etapa de nossas vidas. O que gostávamos de ler, enfim. Confesso mesmo! Ele tinha me pegado!
Uma coisa é certa e acho que todo mundo sabe (tem até uma comunidade no orkut "a leitura transforma uma nação") : ler faz bem. Ler traz conhecimento. Quem lê muito escreve bem e parará.
É evidente que o gosto pela leitura não é só atribuído à escola. Invejo, quando vou visitar uns primos meus e vejo aquela casa tomada de livros e vejo que eles devoram os livros com verdadeiro gosto, desde bem mandinhos. Acho que por que cresceram vendo os pais deles lendo e rodeados das mais diversas obras. Pois é, antes de eu nascer a mãe já me comprava coleções do Monteiro Lobato (quase intactas em cima do meu guarda-roupa) entre outras e eu mesmo assim pouco me "atirava" nelas. Estranho. Sempre fui envolvida pelo gosto da leitura, mas me faltava estímulo. Na escola, raros foram os estímulos. Se é que foram estímulos. Normalmente se tinha que ler obrigado e em vista de uma nota. Triste. O que eu quero chamar atenção aqui e ao mesmo tempo convocar vocês a lembrarem é do que era feito as aulas de literatura de vocês. Creio que leituras (sem contar a de exercícios e problemas de matemática) foi o que menos existiu na vida escolar de vocês. Ta bem, posso estar exagerando. Mas pergunto, conforme fez meu professor, que obras vocês leram, durante o Ensino Médio, com entusiamo e sem pensar em notas e avalições? Uma? Duas? Três?
Hoje, eu tenho certeza que eu escreveria e me daria muito melhor em tudo se eu tivesse lido mais!
Não se trata de culpar apenas a escola. Mas sim, toda uma ideologia, uma crença (por mais que se negue) de que a escola é espaço de aprender - mas na verdade decoram- conteúdos, fórmulas, tabelas e regras. Definitivamente, confessemos! Pouco permanece. A escola é, ao mesmo tempo, o espaço que mais me atrai e mais me intriga. Muita coisa tem pra ser dita e repensada sobre ela. Pra não cansar muito meus possíveis leitores aqui, preciso ir finalizando. Continuarei, entre outros assuntos, a tratar do espaço escolar, da leitura. O foco hoje seria o Ensino Médio. Pra que ele serve? Pra onde ele te leva? O que restou dele na sua vida? Peguntas fáceis?

RESUMINDO A HISTÓRIA: o Ensino Médio deveria rever seus objetivos e parar de colocar o vestibular no centro das atenções. Nem todo mundo é obrigado a fazer vestibular. Embora, este seja um dos únicos caminhos apontados pro Jovem. Estudar? Sim! O estudo engradece, o estudo faz bem. Mas estudar não é decorar nomes de autores de períodos literários e muito menos fórmulas exatas que são tão exatas que não percebemos pra que realmente elas são usadas. Como um telefone funciona? Como podemos cuidar e conservar a água do nosso planeta? O que os meus olhos fazem quando fico na frente do computador? Só por que isso está escrito é verdade?
E as escolas então preparando pra vida...Piada!

6 comentários:

Unknown disse...

Mai uma vez concordo contigo amigaaaaa!
Mas eu q trabalho no ramo posso te dizer de carterinha que a gente tenta faze o "troço" direitinho, mas a cobrança de aprovação é grande, hihihihihi!!!
Até o proximo post...
bjs

Thiago disse...

fico feliz que a alícia resume suas histórias, pelo menos no blog! aoieuhiauehioauheiha

Unknown disse...

Pequena grande Alícia, assino em baixo todas as tuas observações,é bem isso, mas qdo nos deparamos na facul com professores ki dizem ki tem ki inovar e tal, mas utilizam métodos extremamente ultrapassados, e a própria universidade qdo vai "mostrar sua cara" aplica um vestibular dos moldes ki conhecemos, o que esperar de uma educação fundamental e média, onde a gurizada prefere assistir Faustão e Gugu prá ver o gatinho e a tchutchukinha da hora e não conhece um museu, uma praça e nem quem foi o cidadão ki deu nome a rua onde ele mora???
Bjão!!!

Unknown disse...

Ai ai ai ai!!!
Atualiza, né!!!!!!
heiahuiahuia

Unknown disse...

Alícia,
Educar para vida?Piada mesmo.Mas não digo isto pelas razões apresentadas.Acho o problema justamente o contrário:
A Educação é primeiramente responsabilidade dos pais e não do Estado que tem um papel meramente supletiva(conferir a Doutrina Social da Igreja e o principio da subsidiariedade).
A politização exagerada e o nosso MEC são uma vergonha!Veja por exemplo este artigo("O que ensinam às nossas crianças"):

http://www.escolasempartido.org/index.php?id=38,1,article,2,182,sid,1,ch

Além do mais,temo em ter que lidar com meus futuros filhos(se Deus quiser)tendo aulas com professores metidos a "moderninhos" dando aulas de educação sexual.Educar para vida?Piada sem graça!
Mas mudando o assunto,dou parabéns pelo blog!
Abraço!
Kauê Cunha Machado

Unknown disse...

Correção:
A Educação é primeiramente responsabilidade dos pais e não do Estado que tem um papel meramente supletivo...